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Setembro foi o mês das Manhãs e Tardes Catalisadoras! A oitava escola que visitamos para realização de oficinas foi a EMEF David Sobrinho, localizada no Jardim Vivan, Zona Norte de São Paulo.
A Priscila, POED da escola, é uma super parceira engajada em propostas mão na massa. Na nossa reunião de planejamento ela nos comunicou que já havia feito com os 6ºs e 8ºs anos propostas as mais variadas, como Stop Motion no papel com a temática de bullying, construção de robôs, elaboração de jogos de tabuleiro e de circuitos elétricos com as suas turmas. A Priscila já conhecia bem as atividades catalisadoras e escolheu os autômatos para trabalhar com os 8º anos, mas não qualquer autômato, ela aproveitou para atrelar a proposta à Semana Dandara, um evento que busca celebrar a cultura afro-brasileira na escola. A partir dessa temática e da sugestão da própria professora, escolhemos o livro Bichos da África, de Rogério Andrade Barbosa e, assim, os alunos puderam se inspirar e construir engenhocas que dariam movimento aos animais do continente africano.
No período da tarde nos reunimos com a turminha do 3ºano do Ensino Fundamental para realizar nossa proposta Rodas de Invenções! Também dentro da temática da Semana Dandara, a professora sugeriu o livro O mundo no black power de Tayó, escrito por Kiusam de Oliveira. A obra conta sobre como Tayó enfeita o seu black power com os mais diferentes tipos de adereços e como eles só fazem o seu cabelo ficar ainda mais bonito, além de resgatar a potência da sua ancestralidade.
Após a leitura, realizamos uma breve discussão sobre escravidão no Brasil, orgulho negro, e como a escola é um espaço importante para fortalecermos a consciência e empoderamento. A partir da conversa lançamos a provocação: Se você pudesse criar algo para enfeitar o black power de Tayó e de outras pessoas, o que você criaria?
Essa oficina foi fantástica! Os estudantes usaram para valer a criatividade, tivemos muitas invenções legais para enfeitar o black power. Depois de algumas pesquisas, várias crianças se encantaram com as coroas dos variados reinos africanos. Houve, então, a criação de muitas coroas com diferentes significados, castelos, adereços que em última instância, serviram como pretextos para tratarmos de um tema tão importante e para tornar o pensamento desses estudantes visível. O compartilhamento também foi sensacional, pois eles construíram suas narrativas que deram sentido suas criações e puderam compartilhar com a turma.