Escolhemos o conto "A Menina do Feijão Suculento", disponível no livro "Como Mudar o Mundo?" de Stella Barbieri e Fernando Vilella. A escolha foi feita porque essa roda foi rodada em escolas públicas do município de Baianópolis (BA), e queríamos propor algo que apresentasse maneiras de transformar a realidade coletivamente. Tanto o livro, como o conto, apresentam histórias/mitos/lendas de ideias e iniciativas concretas para resolver problemas do mundo real. Os contos tem como fonte de inspiração os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, criados pelas Nações Unidas. Enxergamos isso como uma forma de inspirar os participantes da proposta, mostrando que eles também têm o poder de criar mudanças positivas em suas comunidades e além.

Provocação para alunos do ensino fundamental 1: "Imagine uma coisa que possa juntar pessoas em volta dela como o feijão suculento na história que lemos. O que seria? O que você poderia construir para reunir pessoas em volta?" Provocação para os estudantes do ensino fundamental II: "Assim como a comida nutre nossos corpos, há outras coisas que alimentam nossa vida. Na história de Mahura, além do feijão, teve a brincadeira, o trabalho em equipe, a música, a risada. Agora vamos construir algo que te inspire, te alegre, te anime e te dê energia, tão potente quanto feijão! O que alimenta as pessoas além da comida? Construa algo para mostrar uma coisa que te inspira, te alegra, te anima e te dê energia." Provocação para os Professores: "Mahura teve uma ideia que resolveu um problema da seca na sua comunidade. Muitas comunidades pelo mundo enfrentam problemas parecidos: falta de chuva, dificuldade de acesso à água..., Imagine outras formas de resolver, construindo engenhocas que poderiam armazenar, transportar, tratar a água em uma comunidade que sofre com a seca."

Utilizamos o Kit Catalisador de Rodas de Invenções, viabilizado pelo Instituto Brasil Agro.

O compartilhamento foi feito de forma coletiva, com os grupos apresentando as suas produções oralmente. Os estudantes do ensino fundamental anos finais preencheram também uma filipeta com a frase "Você tem fome de quê?" inspirada na música do Titãs.

Tivemos vários estudantes que nos chamaram atenção nessa proposta. Um deles, do 7º ano, chamou a atenção dos colegas e de seus professores, pois costuma participar bem pouco das atividades, já que apresentava dificuldades de fala e nas Rodas se destacou com a construção de sua engenhoca, isso porque ele elaborou um mecanismo diferente de todo mundo. Em outra escola tivemos um estudante do 7º ano, que era bem mais velho que os colegas. No começo não estava muito interessado na proposta, depois de pegar as pecinhas ele entrou num processo imersivo de criação e ficou extremamente empolgado, a ponto de fazer e desfazer sua invenção cerca de três vezes, querendo melhorar a cada passo, se sentindo orgulhoso, o que também causou espanto nos professores, já que ele dificilmente participa de qualquer proposta! Esses são exemplos de como o mão na massa pode ser uma estratégia dentro da sala de aula, pois ela chega em todos os alunos, inclusive aqueles que tem mais dificuldade com a aprendizagem tradicional.

Nada.

Ótima!

O livro e o conto tratam de questões significativas e pertinentes ao mundo atual, como a resolução de problemas sociais e ambientais. Isso torna a aprendizagem mais relevante para os estudantes, que perceberam a importância de suas ações e projetos. Essa é uma proposta interdisciplinar, que também é um aspecto importante, a narrativa pode ser exploradas em diversas disciplinas, permitindo a integração de conhecimentos de diferentes áreas do currículo escolar. Isso enriqueceu o aprendizado, mostrando a aplicabilidade dos conceitos em situações do mundo real. O fortalecimento do pensamento crítico, pois, ao analisarem os desafios enfrentados pelas personagens nas histórias, os estudantes e também os professores são estimulados a refletir criticamente sobre os problemas e buscar soluções, além de potencializar a discussão para buscar compreender a raiz de um problema social.