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Qual seu maior medo? Uma jornada de autoconhecimento

Os adolescentes foram maduros e conseguiram fazer um mergulho em suas história para buscar medos que ainda persistem e que podem ser ressignificados ou, ainda, materializar como lidaram com medos de quando eram mais novos.

Utilizaram diferentes materiais e demonstraram habilidades e engajamento com a proposta.

 

Autoria

Ligia Rocca, Liana Mazer e Franciele Gomes

Contexto

Organização social

Idade dos participantes

13 - 14 anos

Motivações

- Aprofundar conteúdos
- Conhecer melhor meus estudantes
- Dar oportunidade para meus estudantes se expressarem nos mais diversos temas.
- Explorar materiais e ferramentas

Componente curricular

Projeto Interdisciplinar

Competências Gerais da BNCC

Autoconhecimento e autocuidado
Empatia e cooperação

Roda de Leitura

Dentro do tema do mês - setembro amarelo e autoconhecimento - pensamos em como as Rodas de Invenções poderiam potencializar uma Cartografia de si mesmo, em consonância as propostas que já estavam sendo realizadas pela educadora Ligia. O mote era pensar em como utilizar as criações resultantes das Rodas para uma atividade de perspectiva forçada - quando se faz um jogo de distância em uma fotografia para que as coisas mudem sua proporção, como uma ilusão de óptica. Nesse sentido, pensamos que as criações poderiam representar medos/monstros que, depois seriam colocados em uma perspectiva na qual cada adolescente se sentisse maior que seus medos/monstros. Para isso escolhemos o livro A vida não me assusta de Maya Angelou e ilustrado com as obras de Basquiat.

Roda Mão na Massa

Provocação

Após a leitura, utilizamos a provocação: Maya, a autora do poema, conseguiu nomear seus medos de infância e vida adulta. Você conseguiria fazer o mesmo? Qual seu maior medo? Construa algo que o represente.

Uso do kit Catalisador Rodas de Invenções e outros materiais.

Utilizamos materiais variados: sucata, recicláveis de papelão e plástico, tecidos, fios, arames, algodão, rolhas e etc.

Para conectar: cola quente e fita crepe.

Ferramentas: tesouras, alicates, estiletes (o público era de adolescentes que tinham familiaridade com tais instrumentos).

Como era uma criação que ficaria montada para a continuidade da proposta com a fotografia, optamos por não utilizar o kit, que é compartilhado na instituição entre diferentes turmas e, por si só, tem como característica ser reutilizável.

Roda de Narrativas

Estratégia de compartilhamento

Após a leitura fizemos uma roda de conversa sobre as perspectivas e significados que cada um tinha sobre o medo. Após a Roda Mão na Massa eles puderam registrar sobre suas criações em um folheto com algumas perguntas para inspirar a escrita, como: Qual foi o medo que você construiu/representou? Por que esse foi o escolhido ou é o maior? Depois eles foram convidados a compartilhar oralmente o que tinham feito.

Gostaria de compartilhar conosco alguma narrativa que surgiu?

Surgiram narrativas importantes e que remontam a momentos delicados da vida dos adolescentes, ao mesmo tempo, quando iam narrando sobre eles, eles iam dizendo das superações e transformações que viveram para lidar com aquela situação/medo. Teve medo do escuro, medo da violência por terem presenciado situações como assaltos e morte, representações de uma infância permeada pelo bullying e etc. Uma adolescente simplesmente pegou uma pedra e enrolou em um pano preto: o medo é pesado. Outra fez um objeto cheio de formas e materiais diferentes: assim como medo, às vezes é difícil identificar e racionalizar. Teve uma espécie de binóculo feito com rolos de papel e rolhas: medo do julgamento dos outros, que parecem estar sempre te observando.

O que faria diferente numa próxima?

Talvez organizar um tempo maior para que a continuidade fosse o mais breve possível, além de emendar as Rodas com um momento maior de reflexão sobre as criações e medos citados.

Como foi a participação dos estudantes?

Todos participaram e se engajaram na proposta. Conseguiram acessar a pergunta e utilizaram diversos materiais.

O que você acha que eles aprenderam/desenvolveram a partir dessa proposta?

Acreditamos que a proposta foi ao encontro do objetivo, qual seja, aprofundar o autoconhecimento dos adolescentes e trabalhar assuntos pertinentes ao tema mensal, que era saúde mental e setembro amarelo.

Se inspirou com essa prática?

Conheça mais do projeto e compartilhe para fazer parte da nossa comunidade!

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    6, 7 anos

    Componente Currícular

    Arte, Ciências etc, Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática, Projeto Interdisciplinar